Fiquei pensando que o projeto "Mulheres por Tayna Gomez" tem um significado bem maior do que apenas fotografar mulheres. Ele é sobre celebrar a admiração que tenho por elas e resgatar a admiração delas por elas mesmas! Por isso, decidi trazer aqui referências de mulheres incríveis. Obviamente, pensei nas mulheres que marcaram nossa história, como Malala, Frida Kahlo, mas, acima de tudo, heroínas que muitas vezes a gente nem conhece ou ouviu falar, como Lélia Gonzales, por exemplo! Ou a própria Djamila Ribeiro, que apareceu na lista de pesquisa do Google e no chatGPT depois de muito eu especificar. Enfim, a gente já sabe dessa história!
Mas a questão mesmo era por qual mulher começar. Aí que está! Preciso começar por uma muito específica. A que me trouxe ao mundo! Que foi forte, sozinha, que lutou! É sério, não é só clichê! Isso aqui é sobre mulheres fortes, e como é que eu vou falar de força sem falar da minha mãe? Não consigo; preciso partir desse princípio!
Minha mãe é uma das mulheres mais fortes que conheci, não por acaso as outras são as irmãs e mãe dela. Eu venho de uma família matriarca, sim: "A mãe cria, o pai some", como já diz o poeta na música. Com 27 anos já éramos uma família de 4 filhos, ela se casou de novo, foi uma esposa maravilhosa, dedicada em entregar sempre o bom exemplo. Ela não estudou, mas se esforçou para que a gente estudasse. Não sobrou muita grana, mas sobrou amor e exemplo de muita garra. A vida toda foi de muita dificuldade, nunca faltou nada e hoje, já são 4 netos. Ficou viúva em 2022 e foi difícil! Ela ensinou a gente a ser adulto, a ser homem e mulheres de bem, a amar, a ser louco pelas nossas famílias, a não largar as coisas no meio. Ela ensinou a gente a insistir, mesmo quando a vida diz não, e a vida disse não para ela várias vezes. Muitas eu vi, outras eu imagino, e nem sei como essa mulher pode ser forte assim! Mas ela é! Leonina, pernambucana, paulista de vivência, negra, linda, forte e minha mãe.

Tay Gomez.